Máquinas de escrever, telégrafos, pagers e outras tecnologias já fazem parte do passado. O que não fará parte do futuro?
“Tudo o que é novo pede passagem” é um lema que pode ser levado ao pé
da letra no ramo da tecnologia. Quando um método se mostra mais barato,
mais rápido ou mais eficiente do que o anterior, é só questão de tempo
até que as pessoas o adotem.
Isso já aconteceu com o telégrafo, toca-discos, pager, fax, walkman,
disquete, videocassete, máquinas de escrever e tantas outras ferramentas
que agora só fazem volume no “quartinho da bagunça” ou se transformaram
em artigos para colecionadores ou material para salas de museu.
Como o tempo é impiedoso e não para, neste exato momento — enquanto
você lê este texto — existem mecanismos e objetos se tornando
ultrapassados. É claro que o processo é gradual e acontece de maneira
sutil (e nada fica obsoleto de um dia para o outro).
Portanto, faça suas apostas: avalie a seleção que o Site da Tecmundo fez e
nos diga se os itens citados terão ou não espaço na sociedade que está
por vir. Vale lembrar que a escolha do itens foi baseada em uma
publicação do portal americano
Business Insider.
Livrarias tradicionais
Já reparou o quanto é difícil encontrar uma livraria que vende
exclusivamente livros? Várias redes continuam firmes e fortes, mas
oferecendo diversos outros atrativos para manter a clientela. Você já
deve ter notado o material escolar, CDs, DVDs, celulares, notebooks e
até brinquedos tomando conta dos mostruários e prateleiras.
Mas não é só isso. Os principais vilões dos clássicos pontos de venda
são o comércio eletrônico e a popularização dos tablets e derivados.
Pense bem: diferente de outros tipos de mercadoria, quando se trata de
uma publicação impressa você não precisa exatamente testar ou averiguar
pessoalmente a condição do produto.
Além disso, uma pequena avaria dificilmente comprometeria um produto
como o faria com um eletrônico. Dessa forma, torna-se muito mais prático
e cômodo para o leitor pesquisar, ler sinopses e comentários sobre o
que deseja em um site, para depois comprar via web.
Mesmo assim, nesse tipo de transação ainda há o tempo de espera entre
o pedido e a entrega. Contudo, quando se fala em e-books, essa
distância não existe, já que o conteúdo chega ao usuário assim que o
pagamento é efetuado.
Os livros não devem sumir tão cedo. A superfície opaca, o cheiro do
papel e a experiência de troca de páginas continuam sendo levadas em
conta pelos consumidores — já as livrarias, como as gerações passadas
conheceram, estas sim devem perecer.
Livros didáticos
Abraçados às livrarias, estão os livros didáticos e enciclopédias. A
ideia de vincular laptops e tablets às salas de aula traz mais agilidade
às pesquisas e um peso — e custo — menor para os estudantes. Imagine
que a interatividade de ensino em um meio digital é muito superior à
apresentada por páginas escritas e esquemas estáticos.
Sem contar com a praticidade: dezenas de apostilas, dúzias de livros
acadêmicos e milhares de vídeos explicativos cabem em artefato único.
Fora isso, a tecnologia touchscreen tem ampla aceitação entre os
nascidos no novo século (já tem até criança achando que uma revista é um
tablet que não funciona!).
Ainda é cedo para afirmar quando a situação financeira global
permitirá que boa parte das instituições de ensino troquem os
tradicionais cadernos por dispositivos computadorizados. No entanto, as
chances de isso acontecer são grandes e, se a previsão se confirmar, os
professores terão que pensar em novas maneiras de aplicar provas —
enquanto os alunos terão que desenvolver outras artimanhas para colar.
Mapas de papel
Mesmo os mais conservadores não têm como negar que os mapas
impressos, ainda que tenham seu charme, não são nem um pouco intuitivos.
Localizar ruas e percursos através de volumes cartográficos vai
representar, para os nossos netos, algo como o que uma manivela
simboliza hoje para nós.
Quando você consulta um serviço de GPS (principalmente em um tablet,
onde a tela é maior), um sentimento de que a tarefa nasceu para ser
executada ali naquele portátil toma conta dos seus dedos. Arrastar, dar
zoom, consultar nomes de ruas, traçar rotas: tudo é feito com extrema
leveza.
Por mais que o sistema nem sempre esteja 100% correto e a voz
integrada soe mandona e repetitiva, pode ter certeza de que esse tipo de
tecnologia é um passo sem volta. Quanto aos mapas de papel? Estes vão
se tornar relíquias e partes dos filmes da Sessão da Tarde cuja trama
envolve velhos piratas e crianças audaciosas se aventurando em busca de
tesouros.
Linhas fixas de telefone
Houve um tempo em que o processo de aquisição de uma linha telefônica
era demorado e custoso. Hoje, o Brasil tem mais celulares que
habitantes e as operadoras dão até aparelhos de graça. Até o momento, a
vantagem de um telefone fixo está apenas nas tarifas menores e em certos
planos de minutagem.
Contudo, a situação já vem mudando — as cobranças vêm diminuindo e as
ofertas para a telefonia móvel ficam cada vez mais tentadoras. Isso sem
contar a enorme quantidade de funções apresentadas pelos smartphones:
agenda, internet, games, aplicativos, SMS — ou seja, sem comparação!
No futuro, a condição de um sistema de comunicação não portátil não
fará o menor sentido. E, aliás, por que você vai discar para a casa de
uma pessoa se é possível ligar diretamente para ela?
Internet discada
Junto à cova dos telefones residenciais, estarão também os modems
responsáveis pela internet discada. Daqui a um tempo, a deliciosa
sinfonia de ruídos responsável por estabelecer uma conexão analógica
ficará conhecida apenas como uma obra que foi amplamente executada no
final do século XX.
A tecnologia banda larga segue evoluindo em passos conjuntos com
redes cada vez mais eficientes, como a 4G. Até a Copa do Mundo de 2014, o
governo nacional deseja que 75% dos lares estejam cobertos por conexões
ultravelozes — e o melhor é que é até mais fácil cobrir áreas isoladas
com sinais digitais por satélite do que com cabos de telefonia.
Em cerca de 30 anos, ao que se espera, o avanço deve ser tremendo.
Com isso, cada vez menos provedores vão oferecer serviços de conexão e
cada vez mais novos computadores virão sem modems agregados. Resumindo: a
internet de baixa velocidade vai ser apenas uma lenda para contarmos
para as gerações vindouras.
Telefones públicos
Os famosos orelhões — pelo menos da maneira como os conhecemos —
estão com os dias contados e vão fazer companhia às linhas telefônicas
fixas e modems analógicos. A razão pela qual isso deve acontecer não
carrega nenhum mistério e, novamente, o grande responsável pela
revolução atende pelo nome de celular.
Contudo, os telefones públicos podem vir a se tornar centrais
multimídia conectadas, capazes de enviar e receber emails e SMS,
recarregar celulares, realizar videochamadas e oferecer conexão Wi-Fi.
Esse tipo de experiência já acontece em alguns países (na Espanha, por
exemplo, esse tipo de tecnologia existe desde 2007).
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(Fonte da imagem: NUSA) |
No Brasil, também existem empresas que oferecem protótipos parecidos,
mas sem tanta notoriedade até agora. Por enquanto, ainda não há
especulações palpáveis sobre quando a modernização deve começar a
acontecer. Mas uma coisa é certa: os milhões de aparelhos destinados
apenas a chamadas telefônicas espalhados pelas ruas vão ter arranjar
outro lugar para ficar em um futuro próximo.
Backup em CD ou DVD
Dados e informações sempre foram e sempre serão tratados com
importância. O que muda, todavia, é a maneira a qual lidamos com eles.
Documentos que outrora ocupavam imensos depósitos e intermináveis
gavetas hoje são minoria e os acervos digitais tornaram-se padrão em
departamentos comerciais e organização domiciliar.
Com isso, surgiu a necessidade não só de acumular tudo isso em discos
e drives, como também de fazer backups para evitar qualquer problema
com corrupção de arquivos ou perda total das unidades de armazenamento.
As plataformas para tal tarefa foram evoluindo e ficando cada vez
menores e mais potentes: disquete, CD/DVD e, por fim, pendrives e
cartões SD.
Porém, uma tecnologia chegou para quebrar com tudo isso. A computação
nas nuvens já é realidade, tem triunfado sobre a resistência e tem sido
adotada por cada vez mais empresas.
A convergência possibilitada pelo sistema é, de fato, a melhor
solução para um contexto no qual diversos aparelhos são utilizados para
desempenhar funções semelhantes. Na prática, o computador vira apenas um
componente ligado à grande e poderosa internet.
Quem sabe daqui a um tempo, gigabytes e terabytes vão ser termos
antiquados com os quais somente profissionais de armazenamento nas
nuvens deverão ter contato. A vantagem? Ninguém precisará se preocupar
com backup. O perigo? O quão seguro é deixar todas as suas mensagens,
fotos, vídeos, planejamentos financeiros, dados empresariais e outros
documentos íntimos ou sigilosos à mercê de um organismo onipresente e
distante?
...
Todas as informações citadas acima são apenas suposições. Se dizem
que o futuro a ninguém pertence, pelo menos tentamos prever o que não
pertencerá a ele.
Agora é a sua vez! Participe da discussão e nos conte: se depender de
você, as tecnologias e tradições das quais falamos farão falta no mundo
de amanhã?
Fonte: Tecmundo
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