A tecnologia não é um mistério para crianças e pré-adolescentes de
todo o mundo. Há algum tempo eles abandonaram os carrinhos e as bonecas e
deram espaço aos games, tablets e smartphones. Por
meio da internet eles têm acesso a um mundo de possibilidades e novos
conhecimentos. Podem assistir a desenhos animados, interagir com jogos
educativos e realizar pesquisas escolares. O fato é que as “crianças
conectadas” também ficam à mercê da publicidade e propaganda na internet
e, claro, também do e-commerce.
Alguns sites são direcionados ao público infantil especificamente, e
eles estão se tornando cada vez mais comuns. Isso acontece porque a
opinião das crianças está sendo levada em consideração no momento em que
a família decide comprar um produto e o mercado está aproveitando esta
oportunidade. Alguns especialistas em educação afirmam que os pais se
deixam levar pela vontade dos filhos quando vão adquirir uma mercadoria.
Na maioria das vezes, isso é uma tentativa de amenizar o pouco tempo
que passam juntos em razão da rotina agitada imposta pela jornada de
trabalho e pelo ritmo de vida nas grandes cidades.
Diante deste cenário, o mercado aposta no licenciamento de filmes e
personagens infantis para atrair a atenção do público. São mochilas,
roupas, calçados, lancheiras, cadernos e mais uma centena de artigos com
a estampa das principais figuras do universo das crianças. Um exemplo
dessa tendência pode ser vista no aumento de 150% da comparação de
preços de mochilas com personagens no Kuantokusta, no período de janeiro
a fevereiro de 2013 em relação ao ano passado. Enquanto isso, modelos
mais simples tiveram pouca visibilidade.
Por este motivo, os pais têm um papel essencial para orientar os
filhos sobre como consumir e ensinar desde cedo como deve ser a relação
com o dinheiro. É necessário mostrar que o importante é a personalidade
de cada um e não os bens materiais que possuem. Muitas escolas, atentas
ao consumismo infantil, inseriram em suas grades aulas de educação
financeira que auxiliam os pais no processo de conscientização dos
filhos.
Vivemos em um mundo capitalista que preza a livre iniciativa.
Aproveitar as oportunidades para vender mais e gerar lucro é a lógica do
mercado. Portanto, hipóteses como proibir conteúdo publicitário
direcionado às crianças na internet não surtirão efeito. As empresas, no
entanto, devem estabelecer certos limites para as campanhas que visam
atingir este público, afinal parte dele ainda não possui discernimento
para entender alguns conteúdos. Anúncios agressivos demais ou que
vinculem determinado produto aos valores morais das crianças são
desaconselháveis. O ideal é ensiná-las a serem sustentáveis e a
consumirem os produtos de que realmente necessitam.]
Fonte: Ecomerce News
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